Sociedade de Estudo Psicanalítico Contemporâneo

... Confiabilidade, comprometimento, contentamento do cliente, transparência, ajustamento, ética e valorização do profissional, estas são as propostas da SEPC. Atuando como Referencia de nobreza da Psicanálise.

"A aceitação de processos psíquicos inconscientes, o reconhecimento da doutrina da resistência e do recalcamento e a consideração da sexualidade e do complexo de Édipo são os conteúdos principais da Psicanálise e os fundamentos de sua teoria, e quem não estiver em condições de subscrever todos eles não deve figurar entre os Psicanalistas".

Sigmund Freud



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Psicossíntese Estrutural e Topográfica Aplicada a Psicanálise




Equação do nascimento do Superego
[ EO - E/O – EØ ] = (SØ)

...É conhecido da Psicanálise o SUPEREGO. Este se desenvolve a partir do Ego, quando primariamente, na busca para se libertar do primeiro objeto (mãe), que para o ser nessa fase, é sua única forma de satisfação (gozo), uma vez rompendo, retornará ao mesmo sujeitando-se a essa mudança...
Na Psicossíntese a equação que representa o nascimento do Superego tem os seguintes componentes: [ EO - E/O – EØ ] = (SØ), “E” = EU a criança, “O” = OBJETO a mãe, “EO” = EU OBJETO, mãe e filho. [EO apenas um - E/O distanciando do objeto - rompendo com o objeto]. Com o rompimento do EU com o OBJETO nasce o Superego = SØ, que é representado na equação por um “O” cortado.
Ao Romper com o objeto o EU tenta se libertar para ter autonomia o que não se concretiza e surge a confusão no EU, ou seja, Ego da criança que terá a necessidade de se sentir amparada por qualquer outro objeto. Exemplo: babá, pai, irmãos, parentes e até o primeiro objeto a “mãe”. Essa fase se dá entre os 2 a 4 anos de idade em particular na fase anal, esse conflito dá uma dimensão do que a criança sente na perda do objeto e com a elaboração do luto, falsamente é obrigado a se aliar ao mesmo ou outro objeto para ter o seu Ego em segurança. Destarte, se notará o superego formado, pois para a criança a mãe (1º objeto) já não é mais ele, pois no seu entendimento mãe e filho são a mesma coisa, isso faz com que, ele possa se perceber fora dela e sendo outro. Para a criança, isso é assustador e a partir de então ele fusiona-se com o objeto (mãe). Dessa maneira, bem como as outras instâncias o (SØ) também tem níveis e ao alcançar a fase adulta o (SØ) exerce sua função com mais força, tendo a capacidade de avaliar, observar e julgar a partir dos seus próprios critérios. Sabemos que construir algo sólido em cima de lastros falsos é uma atitude infantil. Portanto como estamos falando de criança, podemos admitir tal atitude. E devemos observar que o sofrimento deste conflito é tão doloroso que acredito eu ser ai a raiz da psicose. Todos nós somos psicóticos e neuróticos em tese, sendo necessário um fator para desencadear a psicose. [E + (SØ) + (NA+O) +id].
Também nas equações a Psicossíntese Estrutural e Topográfica agrega o (NA+O) que são os Núcleos de Apoio + Objeto, que se referem a tudo aquilo que devotamos apego e que, se por ventura do indivíduo for tirado inevitavelmente elaborará muito sofrimento (luto).
A Psicossíntese embora tenha um aspecto implexo é um método de abordagem simples: [ E + (NA+O) + (SØ) + id ] = [ E + (SØ) + (NA+O) + id ] = [E + (SØ) + id]. Estas são algumas das fórmulas em que a Psicossíntese apresenta os estados mentais do sujeito, sendo [ E + NAE ]  soma do Ego (Eu) com Núcleo de Autoestima, o objetivo termo da mesma. 
*Por Jorge L Oliveira


Estrutura da personalidade
O id, o Ego (E) e o Superego (SØ), os três componentes básicos da vida psíquica humana.  O id é a instância completamente inconsciente; o Ego, a instância consciente; e o superego possui aspectos inconscientes e aspectos conscientes. O id é a parte mais primitiva da personalidade, o sistema original com o qual o recém-nascido já nasce. Ele é formado por instintos, impulsos orgânicos e regido pelo prazer. Contém tudo o que é herdado dos pais, que se acha presente no indivíduo desde o nascimento, ou seja, aquilo que está presente na constituição do ser da pessoa. O id é um componente fundamental da estrutura da personalidade. É a estrutura original, básica e mais central da personalidade. As outras estruturas se desenvolvem a partir dele. Ele próprio é amorfo, caótico, e desorganizado; é o reservatório de energia de toda a personalidade. O id em si mesmo é cego. Os seus conteúdos são quase todos inconscientes, incluem configurações mentais que nunca foram conscientes, como também o material que foi considerado inaceitável pela consciência. Estes materiais esquecidos conservam a mesma quantidade de energia.
Outra estrutura existente na perspectiva freudiana é o Ego. Ele começa a se desenvolver logo após o nascimento, quando o bebê inicia sua interação com o seu ambiente. O Ego busca o prazer em contato com a realidade. É a parte do aparelho psíquico que se desenvolve a partir do id, para atender e aplacar suas exigências. Tem como tarefa garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade. A sua função é enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Busca controlar ou regular os impulsos do id, de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas.
A terceira parte da estrutura da personalidade é o Superego, que representa o aspecto moral dos seres humanos; o seu desenvolvimento ocorre quando os pais, ou outros adultos, transmitem os valores e as normas da sociedade para a criança. O Superego é a última parte da personalidade e se desenvolve a partir do Ego. Atua como juiz censor dizendo para o Ego o que é certo e o que é errado sobre as atividades mentais e pensamentos do Ego. É o depósito dos códigos morais, modelos de conduta e dos construtos que constituem as inibições da personalidade. Freud descreve três funções do Superego: consciência, auto-observação e formação de ideais. O Superego é o processo que a criança faz de identificação com a figura paterna. Ele é construído a partir do superego dos pais. É o veículo da tradição e de todos os duradouros julgamentos de valores que se transmitiriam de geração em geração.
O id, o Ego e o Euperego constituem o modelo estrutural da personalidade segundo Freud, e pode-se dizer que representam à impulsividade, a racionalidade e a moralidade, respectivamente. No entanto, é importante lembrar que são simplesmente conceitos.
Freud, quando propôs esta divisão da estrutura da personalidade deu um passo à frente na história da Psicologia. Com a criação da Psicanálise ele muito colaborou com a medicina e para o tratamento de diversas doenças mentais. No início, recebeu críticas, mas, ao longo do tempo conseguiu muitos adeptos.
Contudo, nota-se que a contribuição freudiana é incalculável quando se trata do avanço do pensamento. Como a psicologia era incapaz de lidar com algumas questões relativas à mente humana, a Psicanálise abriu novas perspectivas e encontrou novas respostas para o entendimento da consciência humana. Mesmo assim, o homem sente anseios por desvendar este "mistério" que ele próprio desconhece que é a sua própria consciência.
Referência Bibliográfica:
FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: Harbra, 1986.


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