Estudos e pesquisas mais recentes têm
demonstrado que há uma influência direta com a mente e o corpo e vice-versa. No
nosso cérebro há uma estrutura chamada Hipotálamo.
O hipotálamo possui vias de ligação com todos os níveis do sistema límbico.
Liga-se ao Sistema Nervoso e ao Sistema Endócrino, controlando a
maioria das funções vegetativas, endócrinas, comportamentais e emocionais do
corpo.
Representa cerca de 1% da massa total
do encéfalo, ou seja, é um órgão muito pequeno, mas de importância indiscutível.
Está relacionado com a regulação da temperatura corpórea, apetite, atividade
gastrintestinal, regulação hídrica, atividade sexual e emoções. É composto por
substância cinzenta, possuindo vários núcleos e os neurônios possuem receptores
moleculares para os sinais químicos que estão circulando.
O hipotálamo está intimamente
relacionado com a hipófise no comando das atividades. Ele controla a secreção hipofisária,
produz ocitocina e hormônio antidiurético, que são armazenados pela hipófise. O
eixo hipotálamo – pituitária adrenal (HPA)
desempenha um papel importante na mente e saúde do corpo. A ligação intrincada
entre o cérebro e o sistema endócrino influencia amplamente a nossa saúde, onde
o nosso estressante estilo de vida pode vir a sobrecarregar o eixo HPA e este é o gatilho suficiente para
desencadear vários problemas.
ESTRESSE E SUAS CONSEQUENCIAS
1 – Envelhecimento: tanto o estresse quanto a depressão possuem uma característica em comum:
um encurtamento precoce dos telômeros, que é o indicador cromossômico do
envelhecimento do organismo. A conclusão é que, assim como pessoas estressadas
tendem a envelhecer mais rapidamente, aquelas que têm depressão correm os mesmos
riscos. Uma pesquisa mediu os níveis de telomerase e radicais livres em pessoas
estressadas e os resultados foram níveis baixos de telomerase e níveis altos de
radicais livres, substâncias que danificam os tecidos intensificando o
envelhecimento.
2 – Câncer:
evidências a partir de modelos animais e estudos humanos sugerem que o estresse
e a depressão resultam numa diminuição do sistema imune e pode promover a
inibição e progressão de alguns tipos de câncer pela ativação do Sistema HPA. Os mediadores liberados durante o
estresse crônico suprimem algumas partes da resposta imune, comprometendo a eficácia
da resposta contra tumores.
3 – Coração:
doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade, sendo que
entre as principais causas está o estresse dentre as pessoas acometidas por
estas patologias. Em situações de estresse há o aumento de citocinas pró-inflamatórias
e isquemia miocárdica relacionada ao estresse mental. O estresse crônico pode
ser um fator independente para doenças cardiovasculares, em especial, acidentes
vasculares cerebrais fatais.
4 – Depressão:
os níveis séricos do hormônio cortisol estão aumentados no paciente deprimido,
podendo participar na gênese. Os estudos recentes sugerem que a depressão é um
fator de risco não somente para o desenvolvimento da doença coronariana (DAC), mas também, para a mortalidade
entre os pacientes que tiverem um infarto do miocárdio.
5 – Alzheimer:
níveis altos de estresse, que elevam cortisol, podem desempenhar um grande
gatilho para desencadear esta patologia. Isto porque elevados níveis de
cortisol promovem degeneração de neurônios e diminuem a memória. Esta condição
debilitante atualmente afeta mais de 15 milhões de pessoas no mundo.
6 – Obesidade:
vários estudos demonstram que altos níveis de cortisol estão relacionados também
a obesidade central. O eixo HPAS
hiperativo, devido ao estresse, aumenta o cortisol, e que contribui para a
compulsão alimentar e obesidade abdominal.
Por Roseli Rossi
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