Sociedade de Estudo Psicanalítico Contemporâneo

... Confiabilidade, comprometimento, contentamento do cliente, transparência, ajustamento, ética e valorização do profissional, estas são as propostas da SEPC. Atuando como Referencia de nobreza da Psicanálise.

"A aceitação de processos psíquicos inconscientes, o reconhecimento da doutrina da resistência e do recalcamento e a consideração da sexualidade e do complexo de Édipo são os conteúdos principais da Psicanálise e os fundamentos de sua teoria, e quem não estiver em condições de subscrever todos eles não deve figurar entre os Psicanalistas".

Sigmund Freud



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sigmund Freud


Melanie Klein


Wilfred Bion


Donald Winnicott


Jaccques Lacan


Heldegger


Isidoro Berenstein


Nietzsche


Immanuel Kant

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Psicossíntese, uma melhor visão de sua inteligência, um melhor caminho para as suas atitudes mentais diária.


 Deslocamento, Imaginação, Sonho, Lapso, Sentimento de Culpa... 
"Arco de Retorno" 
 


Embora tenha um aspecto complicado a psicossíntese é um método de abordagem simples: [E+(SO)+(NA+O)+id] = [E+(SO)+id]. Estas são algumas das fórmulas em que a psicossíntese apresenta os estados mentais do sujeito, sendo [E+NAE] – soma do Ego (Eu) com Núcleo de Auto-Estima – o objetivo final da mesma.        

Nossa metodologia vem sendo muito utilizada no Brasil não só na clínica, pois suas aplicabilidades transcendem vários campos: o cientifico, o não cientifico, o pedagógico, o religioso, o filosófico, o acadêmico, bem como em todas as áreas que têm a seus cuidados a saúde mental.

Não podemos deixar de lado é que todas essas características que julgamos apropriadas e intrínsecas ao ser humano são, na realidade, frutos de anseios reprimidos na infância, inevitavelmente elucubra na fase adulta, sob a ação dos fatores: Antropológicos (FA), Biológicos (FB) e Psicológicos (FP). O desígnio da ação destes fatores é induzir o indivíduo a ter um julgamento inferior de si mesmo.


A abordagem inicial como terapia de apoio no tratamento, elege com meta a promoção do processo de crescimento contínuo, integrando o corpo aos sentimentos, fazendo com que a mente leve o indivíduo harmoniosamente à plenitude de sua vida, acessando com isso em maiores níveis, suas capacidades e talentos e assim sua potencialização. Sendo assim, o processo terapêutico da psicossíntese é na verdade uma forma diferente do indivíduo ser conduzido a ver o outro lado do muro, o muro que o coloca do lado de dentro e o faz medroso, lhe dando a falsa impressão de protegido. E do lado de fora um verdadeiro e autêntico modo de viver, hostil, agressivo e competitivo, contudo verdadeiro e autêntico como todo ser humano por natureza o é, e por formação não se permite assumir.

Jorge Oliveira

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Pequena História da Psicanálise" - Prelúdio

                 
           A história da Psicanálise é a história da descoberta e da compreensão da mente inconsciente do homem. Ninguém, jamais viu o inconsciente. Sabe-se, porem, que existe devido aos seus poderosos efeitos, do mesmo modo como se conhece a desintegração dos átomos ou o fluxo dos impulsos elétricos.
           A história da Psicanálise apresenta as eminentes personagens que contribuíram para uma descoberta que mascou época – a descoberta do inconsciente. Cada uma dessas personalidades é um herói da luta que teve o homem para enfrentar e controlar os seus sentimentos ocultos.
           O mundo é grato ao médico Pinel pela sua inabalável convicção de que as doenças mentais devem ser encaradas e tratadas como doenças e não como crimes. Pois, dessa maneira, puderam essas doenças ser estudadas, sobrevindo, então, a compreensão da mente humana.
           Em seguida, vieram os trabalhos de Mesmer, Charcot, Breuer   e outros pioneiros obscuros. As tentativas que fizeram para aliviar o sofrimento emocional prepararam o terreno para que FREUD fizesse a sua grande descoberta do inconsciente e o explorasse.
           Todos nós temos um inconsciente. É o que governa nossa respiração, nossa digestão, as batidas do nosso coração e os passos que damos, servindo também de repositório de nossas lembranças secretas e revoltadas. É o inconsciente que nos impele para o sucesso ou o fracasso. Pode assombrar-nos, tornando nossa vida um pesadelo, como pode alegrar-nos, ajudando-nos a viver com mais exuberância.
           A descoberta do inconsciente proporcionou o conhecimento de que, nem sempre, somos os donos do nosso destino, e de que poderes desconhecidos nos governam a maior parte do tempo. O conhecimento e o controle daquilo que faz no inconsciente podem ajudar o homem a alcançar a suprema felicidade, pois é do inconsciente que jorram a criação e a imaginação. Mas, se deixarmos que o inconsciente se transtorne, poderá advir a destruição, seja lentamente, com a depressão, o mal físico, o alcoolismo ou a gula, seja rapidamente com os crimes de violência.   
           Que é Psicanálise? Uma ciência – a ciência da compreensão da mente. É, também, uma arte pela qual podemos inteirar-nos das impressões inconscientes e, com uma nova liberdade, liberar emoções aprisionadas, abandonando-se as ilusões que, um dia, serviram a um certo propósito, mas que no momento, só podem causar infelicidade.
           Freud, ao criar a Psicanálise, possibilitou ao homem libertar as turbulentas emoções interiores que o atormentam e acarretam erros prejudiciais, causando a ele como aos outros um sofrimento indescritível. A Psicanálise ajuda o homem a vencer suas próprias hostilidades, temores, preconceitos e hipocrisias, bem como a orientar seus impulsos e suas forças para realizações mais valiosas.
           Ao contrário da Psicologia, que é uma ciência geral, preocupada como os fenômenos observáveis da conduta humana e, ao contrário da Psiquiatria, que normalmente trata das moléstias mentais mais graves, a Psicanálise procura compreender os distúrbios comuns que estão sob a superfície de cada mente. Alguns acham que a Psicanálise vale apenas para os realmente enfermos, do ponto de vista emocional. Nada há que esteja mais longe da verdade. Basta que a pessoa queira ser ajudada, o que significa ter uma boa parcela de saúde emocional, para começar. Os que se sentem muito amedrontados e desconfiados, a ponto de não poderem solicitar ajuda, não se confiarão àquela atmosfera de livre associação tão necessária á Psicanálise.
           A Psicanálise serve para a pessoa normal que deseja algo mais da vida, que não está contente de existir num desespero tranqüilo, mas acredita haver um modo melhor de viver. Serve para o homem de negócios, atormentado e nervoso; para a dona de casa, preocupada e agitada: para a funcionária que ainda não achou casamento; para o cidadão que se casou muitas vezes; para a criança exasperada por contínuos acessos de raiva; para o homem e mulher que não conseguem deixar de beber ou de tomar soporíferos; para os solitários, para os deprimidos e para os que não se realizam.
           A Psicanálise provou que a natureza humana sofre mudanças e que ninguém precisa viver em desespero, senão o quiser. Qualquer processo semelhante ao crescimento leva tempo, pois implica em desenvolvimento. Mas, lentamente, inevitavelmente, a mudança ocorre no cérebro ou no coração de uma pessoa.
           Um número sempre crescente de pessoas já procura o Psicanalista antes de caírem na miséria absoluta. Sabem que não precisam mais ficar desesperadas nem sentir-se acuadas, pois existe uma técnica através da qual conseguem libertar-se do terror do passado.
           A Psicanálise tem apenas um pouco mais de um século de existência. O livro que sacudiu as ilusões do mundo - “A interpretação dos sonhos” apareceu em 1900. É admirável o quanto a Psicanálise realizou em tão curto lapso. Desde o início, tem ajudado milhares de pessoas a se libertarem da tirania emocional. Exerceu influência também nas vidas de muitos milhares mais, numa compreensão mais aguda que serviu para a criação dos filhos, para a educação e a medicina, para a literatura, para o teatro. Com ela, muitas ciências se beneficiaram ao ponto de completa revolução.
           Como resultado da descoberta dessa nova face da nossa mente ocorreram graduais mas profundas mudanças em nossas vidas. Hoje em dia, muitas pessoas procuram um conhecimento melhor e uma compreensão mais profunda dessa extraordinária força que possuem – o inconsciente.

domingo, 15 de maio de 2011

A DESCOBERTA DA PSICANÁLISE

          Freud era ainda um médico muito jovem quando descobriu o método de cura pela Psicanálise. Empregava ele o hipnotismo, no tratamento das afecções nervosas, quando começou a notar que as ideias, ou melhor, os fatos esquecidos pelo paciente, eram perfeitamente relembrados logo que os enfermos sofriam a ação da força hipnótica.
         Uma vez despertados da hipnose, "esqueciam-se", porém, os doentes, de tais ocorrências, não tendo assim nenhuma ideia consciente do que se havia passado. Pois bem. Durante esses tratamentos, principiou a observar que os seus clientes apresentavam uma certa "resistência" em confessar as reminiscências "esquecidas", tornando-se, às vezes, uma barreira quase intransponível.
          Segundo o grau, a extensão de "resistência", pôde então concluir que as lembranças desmemoriadas, na vida consciente, se achavam profundamente cavadas no espírito dos enfermos.
           Para que elas se apresentassem, seria preciso, portanto, vencer, certamente, "alguma coisa" de forte que se opunha tenazmente à exteriorização das ideias "soterradas".
         Por outro lado, essas deslembranças estavam sempre ligadas a acontecimentos desagradáveis, penosos, considerados pelo indivíduo como questões dolorosas ou vergonhosas às aspirações da personalidade.
 l — O que o hipnotismo encobria
          O hipnotismo encobria, assim, um jogo de forças que precisava evidenciar-se. Freud começou a pensar que todo segredo desse jogo de forças consistia em dominar a "resistência" dos enfermos.
          Mas se essa "resistência" era vencida pelo hipnotismo apenas, isto não lhe bastava, porque, após o sono hipnótico, ela de novo se apresentava, impedindo que as ideias viessem à tona da consciência.
          Não seria a falta de libertação dessas lembranças, em estado de vigília, a causa dos distúrbios nervosos de seus pacientes?
 
          A pergunta se achava sem resposta, quando um seu colega e amigo, Prof. Breuer, com quem Freud privava todos os dias, observou na sua clínica, também de hipnotismo, o seguinte caso: 
         Submetida ao sono hipnótico uma senhora histérica revelara-lhe certa e determinada lembrança, esquecida por completo na vida desperta e de real interesse clínico. Tratava-se uma moça histérica, de 21 anos de idade, inteligente e culta. Tendo adoecido (a enfermidade durou dois anos), apresenta inúmeras perturbações físicas e além de muitos outros fenômenos psíquicos, tinha a mais uma paralisia de ambas as extremidades do lado direito, com anestesia (insensibilidade), cujo sintoma se estendia, por vezes, até o lado oposto. Várias outras perturbações também eram observadas: anormalidade dos movimentos oculares, dificuldade em manter a cabeça erguida, tosse nervosa, repugnância alimentar, impossibilidade beber água, apesar da sede martirizante, etc. Tais distúrbios chegaram a ponto de inibi-la de compreender a língua materna e tantas outras coisas que alteravam inteiramente a própria personalidade. Notava-se que no estado de confusão mental, a doente murmurava palavras que pareciam relacionar-se com males que a afligiam.
2 — A paciente histérica
          Sujeita ao hipnotismo, a paciente reproduzia fantasias ou devaneios profundamente tristes, muitas vezes até de real beleza poética. Estas iniciavam-se, quase sempre, descrevendo a situação de uma jovem à cabeceira do pai enfermo. Depois de desafogada a fantasia, sentia-se como que aliviada. Tal estado durava, porém, algumas horas para, ao dia seguinte voltar de novo. Durante a hipnose os sintomas desapareciam.
          Pois bem. Ninguém até então removera por tal meio os sintomas histéricos de ordem corporal. Pesquisados os síndromes dessa mesma enfermidade em outros pacientes, pôde Freud realmente chegar à conclusão de que todos eles se formam à custa de reminiscências afetivas, que valem como verdadeiros "traumas psíquicos", cujos sintomas se relacionam com as cenas traumáticas que os produzem.
          Assim, todos os distúrbios da doente não passavam de impressões penosas, fixadas durante o tempo em que ela se dedicava ao pai enfermo.
reminiscências afetivas, que valem como verdadeiros "traumas psíquicos", cujos sintomas se relacionam com as cenas traumáticas que os produzem.
3 — As ideias soterradas
          Certa noite, velava o pai, em estado de superexcitação nervosa, pois se esperava de Viena um cirurgião que haveria de operá-lo. Ausente sua mãe, sentada à cabeceira do doente, passou a filha o braço sobre o espaldar da cadeira e, num semi-sonho, viu, como que se viesse da parede, uma cobra que rastejava, em direção ao leito do pai, para mordê-lo. (Provavelmente — diz Freud — no quintal da casa existiam 3 cobras, assustando anteriormente a moça e fornecendo agora o material da alucinação.).  
          Nessa alucinação pretendeu ela afastar o animal, mas estava como que paralisada, o braço direito (estendido no espaldar da cadeira) ficara adormecido. Quando o contemplou, seus dedos transformaram-se em cobrinhas, cujas cabeças eram caveiras (as unhas). A anestesia do braço associou-se assim à alucinação da serpente. Quis em seguida rezar, mas não achou palavras em idioma algum.
          Com a reconstituição desta cena durante a hipnose, foi removida a paralisia do braço que existia desde o começo da moléstia e a paciente curou-se.
          Todos os sintomas, como as perturbações visuais, a sede, etc., etc., achavam-se ligados aos cuidados da moça ao leito do pai e são minuciosamente esclarecidos por Freud.
3 cobras, assustando anteriormente a moça e fornecendo agora o material da alucinação.). Para nós, entretanto, é suficiente o presente resumo, o qual nos dá, perfeitamente, uma ideia do caso histórico que levou Freud a descobrir a Psicanálise.
         Quando, depois, começou ele a empregar o mesmo critério nos seus enfermos, pôde confirmar a veracidade do fenômeno ocorrido neste caso clínico. Se antes o hipnotismo era empregado para os fins comuns a que ele se destina, já agora lhe servia como um método
          Ora, até então, a todos os cientistas, inclusive Charcot repugnava a concepção psicológica da histeria, justamente porque, não raro, ela também se manifesta com sintomas igualmente orgânicos (paralisias, etc.). Diante, porém, desse caso já não havia mais dúvida de que tais sintomas emocionais procuravam outras vias de exteriorização, refletindo-se na trama nervosa.
          Tudo não passava de uma conversão (os males psíquicos são convertidos no físico), como assim chamou o mestre, discordando, portanto, das opiniões correntes.
         O fato provocou as mais sérias controvérsias entre professores e discípulos, pois demonstrava cabalmente que a histeria podia manifestar-se em homens, derrubando uma velha teoria de que a neurose era fundamentalmente feminina, de onde até lhe veio o nome clássico
"catártico". Isto é, o doente "vomitava" os seus desejos inconfessáveis, através da hipnose, assegurando, assim, o diagnóstico de suas perturbações e, ao mesmo tempo, libertando-se de seus males, quer físicos, quer psíquicos, uma vez dissolvidos os sentimentos profundos inconfessáveis. hysteron, útero.
4 — A revelação
          Freud já podia ter a certeza de que os sintomas nervosos, apresentados na sua clínica, eram movidos por essas lembranças dolorosas, adormecidas no fundo do espírito e das quais não tinha a consciência, até então, nenhuma ideia. Valiam elas
          Assim, os pacientes de Freud tinham também que "saber" o que lhe era acessível na hipnose, trazendo ao âmago da consciência todo o "esquecido" mórbido de suas vidas.
         "O processo empregado, diz Freud, havia de ser mais trabalhoso, porém mais elucidativo. Abandonei o hipnotismo e só conservei dele a maneira de colocar o meu cliente em decúbito supino, sobre um divã, ficando eu por trás dele, de forma a não ser visto."
          E com esse novo processo, a que deu o nome de
         Através dessa vida interior, a ciência de Freud sai do campo restrito da Medicina para ganhar o domínio do inconsciente.
Psicanálise é, portanto, a Ciência do Inconsciente.
4 como verdadeiros traumas na alma humana, desconhecidos por completo dos enfermos, porque eles o haviam esquecido. Entretanto, desde que esses traumas viessem a ser desmascarados à luz da consciência, analisados friamente por esta, todos os sintomas cessavam. PSICANÁLISE, Freud pôde concluir, então, depois de infinitas experiências, que o homem não vive apenas a vida do seu psiquismo consciente e que uma outra vida palpita nas esconsas camadas do espírito humano. E é precisamente essa vida interior, profunda, indevassável, até hoje, que a Psicanálise estudou, estuda e continua observando.
         Psicanálise seria tal e qual o nome indica, a análise do psiquismo. Por isso é comum falar-se de psicanálise em outras esferas de pesquisas mentais.
        Desde que Freud, porém, lhe deu uma acepção mais profunda e perfeitamente definida, ninguém mais deve aplicar o nome de psicanálise a outras investigações que não estejam de acordo com os problemas do inconsciente.
         A Psicanálise, como vimos, nasceu de uma experiência clínica e, inicialmente, só foi aplicada como processo terapêutico no tratamento das neuroses.
         Revolvendo, porém, a vida inconsciente dos pacientes, esta região do espírito abriu-se, na ciência, como um novo panorama, desconhecido até então, esclarecendo infinitas concepções errôneas, tidas e havidas como certas, na órbita do conhecimento.



Autor: Dr. Gastão Pereira da Silva
(in memoriam)

sábado, 23 de abril de 2011

Comissão de Pesquisa em Ética Psicanalítica - COPEP

           O CBP ( I.N.N.G.), considerando a necessidade de estimular a pesquisa na área de ética psicanalítica, criou a Comissão de Pesquisa em Ética Psicanalítica - COPEP. Esta comissão tem por objetivo estimular a pesquisa na área de ética psicanalítica no âmbito do Conselho e abrir possibilidades para interagir com escolas de psicanálise e/ou centros de pesquisa, visando o cumprimento do princípio de que cabe ao Conselho: "Promover por todos os meios ao seu alcance, o perfeito desempenho técnico e moral da psicanálise e o prestígio e bom conceito da psicanálise, da profissão e dos que a exerçam". 

          Bolsa de Pesquisa para Estudantes de Psicanálise na área de Ética Psicanalítica 

REGIONAIS

          As Regionais são responsáveis pela presença ativa do CBP ( I.N.N.G.) nos Estados, e objetivam defender o exercício ético da Psicanálise, ao mesmo tempo em que verificam as condições de trabalho dos profissionais por meio de fiscalizações oficiosas descentralizadas.

          A criação das Regionais adveio da necessidade do CBP ( I.N.N.G.) descentralizar o atendimento prestado aos psicanalistas e estabelecimentos de saúde mental, propiciando a dinamização de suas atividades administrativas, judicantes oficiosas, de fiscalização oficiosa e de promoção ética.

E-mail:  cobrpsi@gmail.com

Câmaras Técnicas

SAÚDE MENTAL

Contas Públicas

COMPARATIVO DE DESPESA

Licitações

Cadastro

Concorrência

          É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprove possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

Concurso

          É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

Leilão

          É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

Pregão

          Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, promovida exclusivamente no âmbito da União, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública.

Tomada de Preços

          Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

Tabela de Valores

Agenda Cbpreba

HISTÓRIA

         História do Conselho Brasileiro de Psicanálise O CBP (I.N.N.G.), se faz representado no Estado da Bahia pela regional (CBPREBA); instituição sem fins lucrativos, de caráter filantrópico e de Utilidade Pública, atuante desde 10 de janeiro de 1978, busca a excelência do exercício da Psicanálise e o acesso à saúde mental de qualidade por todos os cidadãos.

          Desenvolve oficiosamente, serviço de interesse público por delegação do CBP ( I.N.N.G.), fundamentado em mais de trinta anos de história a serviço dos psicanalistas e da saúde mental.

Nossas atividades estão concentradas em ações do tipo:

1) Fiscalizadora oficiosa - responsável pela fiscalização oficiosa das instituições de Assistência Psicanalítica para o justo exercício de suas atividades;

2) Judicante oficiosa - responsável oficiosa pelo recebimento, apuração oficiosa de denúncias relacionadas à má conduta profissional, rigorosamente de acordo com o Código de Ética Psicanalítica, Resoluções e Normas publicadas pela instituição e pelo Conselho Brasileiro de Psicanálise CBP ( I.N.N.G.);

3) Cartorial - (Apostille de Haia)  APOSTILLE (Convention de la Haye du 5 octobre 1961) oficiosamente responsável pela divulgação de informes sobre registro de diplomas, títulos de especialidades, em ambito internacional, inscrições, transferências do CBP ( I.N.N.G.) e pelo cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas.

           O CBPREBA também participa de movimentos sociais que exigem melhor qualidade de atendimento e plena realização profissional na área da saúde mental (Cruz Vermelha).

          A implantação do SUS (Sistema Único de Saúde) e a luta constante do Conselho Brasileiro de Psicanálise ( I.N.N.G ), e suas regionais, para a inclusão da Psicanálise e dos Psicanalistas na instituição governamental, associam-se a outras atividades dirigidas à saúde mental, realizadas em parceria com representantes da sociedade civil.

sábado, 2 de abril de 2011

Psicoterapia e Psicanálise


Psicoterapia Individual. Destina-se a crianças, jovens, adultos e idosos com dificuldades nos relacionamentos amorosos e familiares, profissionais e sociais de modo geral, ou que desejam se desenvolver intelectual e emocionalmente, conhecendo-se melhor e resolvendo seus conflitos. Nas psicoterapias, as sessões se realizam com um ritmo de uma por semana.

Psicanálise. A Psicanálise, se destina a adolescentes, adultos ou idosos, sendo mais aprofundada e especialmente recomendada no tratamento  de obsessões, fobias, depressões, estados melancólicos, doenças psicossomáticas, alcoolismo e dependência química. Os tratamentos psicanalíticos requerem um ritmo de, pelo menos, duas sessões semanais.

 Psicoterapia de Grupo e Família

Psicoterapia Psicanalítica do Casal. Destina-se ao tratamento das crises conjugais ou distúrbios na integração afetivo-sexual do casal. Realiza-se com um ritmo de uma sessão semanal.

Psicoterapia Psicanalítica Grupal. Esta modalidade se realiza em grupos de participantes de ambos sexos, podendo existir grupos com composição homogênea formados por adolescentes, adultos ou idosos; ou ainda grupos 'específicos' com pacientes psicossomáticos, grupos de gestantes etc.

Psicoterapia Psicanalítica do Grupo Familiar. Visa o tratamento de crises familiares, motivadas por separações dos pais ou conflitos entre pais e filhos. Também se destina às famílias em que um dos integrantes apresenta um surto psicótico ou está em tratamento psicoterapêutico. Nestes casos, a psicoterapia do grupo familiar é imprescindível por ser a família o abrigo e o estímulo para a melhoria do paciente em tratamento.

Psicanálise


            A psicanálise nasce na Áustria e tem como grande criador Sigmund Freud (1856 - 1939), que era médico em Viena e fundamenta a psicanálise na prática médica, recuperando para a psicologia a importância da afetividade. O objeto de estudo da psicanálise é o inconsciente, o que quebra com a tradição da psicologia como ciência da consciência e da razão. Esta linha teórica ousou colocar “processos misteriosos” do psiquismo, as “regiões obscuras”, como é o caso das fantasias, dos sonhos, esquecimentos e outros problemas internos do homem, como problemas científicos. Foi a investigação destes processos psíquicos que levou Freud à criação da psicanálise. A teoria baseia-se em conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento da vida psíquica, caracterizando leis gerais sobre a psique humana.
            A psicanálise utiliza-se da interpretação para buscar o significado oculto das coisas. Seu método de investigação consiste em buscar o significado inconsciente das palavras, ações e produções imaginárias de um indivíduo. Este método é baseado em associações livres do indivíduo, que dão validade às interpretações. Os psicanalistas têm uma prática para o tratamento psicológico, através da análise psicoterápica que visa cura ou auto-conhecimento. O paciente é analisado e, como nada sabe, ou sabe muito pouco a respeito dos motivos de sua doença, o profissional tem como função lhe ensinar a compreender a composição das formações psíquicas mais complicadas, reduzindo os sintomas que provocam sofrimento. Toda a psicanálise está muito vinculada ao trajeto pessoal de Freud, porque grande parte da produção de conhecimento teórico foi baseada em experiências pessoais do autor, que foram transcritas em várias obras. Freud formou-se em medicina na universidade de Viena em 1881.
            Especializou-se em psiquiatria, trabalhou em um laboratório de fisiologia e deu aulas de neuropatologia. Ele começou a clinicar por problemas financeiros e seus pacientes eram pessoas que sofriam de “problemas nervosos”. Quando terminou a residência, Freud ganhou uma bolsa para estudar em Paris, onde trabalhou com Charcot, um psiquiatra francês que tratava as histerias através da hipnose. Esta prática foi utilizada por Freud quando ele voltou a Viena e, nesta ocasião, teve um importante contato com Josef Breuer, que ajudou na continuidade das investigações. Breuer era médico famoso e tratava de um caso muito significativo. A paciente chamava-se Ana O. e sofria de distúrbios somáticos que produziam paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldade de pensamento.
             Nesta época, Ana O. cuidava do pai doente e a conclusão do tratamento foi que ela tinha pensamentos e afetos em relação ao desejo de que o pai morresse. Estas idéias e pensamentos foram reprimidos e substituídos por sintomas que só eram esclarecidos sob hipnose, onde a paciente relatava as suas origens. Segundo Freud a rememoração destes sintomas fazia com que eles desaparecessem. Breuer parou de trabalhar com hipnose, porque nem todos os pacientes prestavam-se a ser hipnotizados e, portanto, mudou sua técnica para a concentração que se dava através da conversação normal. A principal função da clínica psicanalítica, que se dá através da análise, é buscar a origem dos sintomas ou dos comportamentos manifestos, ou do que a pessoa verbaliza. Para atingir os objetivos da psicanálise, é necessário vencer as resistências do indivíduo que impedem o acesso ao inconsciente. A psicanálise entrou em modismo, o que levou diversos autores a produzirem, em nome desta teoria, trabalhos cujo conteúdo, métodos e até mesmo os resultados, não condizem com a psicanálise propriamente dita.
Andréia Tecchio

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cronologia das ocorrências marcantes da vida de Sigmund Freud


1856 – Freud nasce, no dia 6 de maio, em Freiberg, na Morávia, então parte do Império Austro-Húngaro (hoje a República Checa).
1873- Ingressa no curso de Medicina, na Universidade de Viena, de onde sairia formado em 1881
1886- Em abril deste ano, abre seu primeiro consultório
1895- Publica, em parceria com Josef Breuer, “Estudos Sobre a Histeria”. Neste mesmo ano Freud começa a analisar seus próprios sonhos.
1896- Usa o termo Psicanálise pela primeira vez
1899- Publica o livro “A Interpretação dos Sonhos”.
1902- É nomeado professor da Universidade de Viena; funda a Sociedade Psicológica das Quartas-feiras
1905- Publica vários importantes trabalhos. Entre eles:
· “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade”,
· “Os Chistes e Suas Relações com o Inconsciente”
· “Fragmentos da Análise de um Caso de Histeria”
1910- Funda a International Psycho-Analytical Association, da qual Jung é o primeiro presidente.
1938- Quando a Áustria é anexada à Alemanha, a casa de Freud e a Associação Vienense de Psicanálise são vasculhadas; Anna Freud, filha caçula de Sigmund e Martha Freud, é presa e interrogada pela Gestapo. Em junho, emigra para a Inglaterra
1939- Morre, no dia 23 de setembro, em Londres, em decorrência de um câncer.


Sigmund Freud
 
O menino Sigismundo, nascido em 1856 em Freiberg - cidade da Morávia, região que na época era uma parte católica do Império Austro-Húngaro -, aos 22 anos mudou seu nome para, talvez se mirando na mudança da cidade, que passou a se chamar Pribor, e do país, a Checoslováquia. Este primeiro (de 8) filho de uma mulher de 21 anos, e de um homem de 41 que trazia 2 filhos de uma ligação anterior, casou-se aos 26 anos, teve seu primeiro filho aos 31 e seu sexto aos 39.
Aos 4 anos, seu pai, comerciante judeu de lãs, arruinado por uma crise econômica, mudou-se para a cosmopolita Viena, cidade que nunca entusiasmou e que não via com bons olhos estes 10% de seus 2 milhões de habitantes que eram judeus, mas onde viveu até os 82 anos de idade, quando foi obrigado a sair pela ameaça do nazismo, que desde 1933 queimava sua obras.
Aos 17, o adolescente pretensioso e visionário escreveu a um amigo: "como amigo desinteressado, eu o aconselho a conservar estas cartas.... nunca se sabe...". Já se mostrava ansioso por ser pessoa importante, este rapazinho que conseguira que a mãe tirasse de casa o piano da irmã que atrapalhava seus estudos.
Seus heróis de então eram Anibal, inimigo de Roma, Napoleão, filho da Revolução Francesa, e Cromwell, estadista inglês (um de seus filhos chamou-se Oliver). Era um revolucionário com imperioso desejo de independência, e que, portanto, não podia deixar de sentir uma ponta de desprezo pelo pai que, por volta de seus 10 anos, se deixaria desalojar grosseiramente da calçada em que vinha, por um anti-semita.
A figura do pai atravessava sua existência, seja pelos insucessos seja pelas fortes marcas. Os sonhos de Freud trouxeram à tona a lembrança de quando o menino Freud urinou na cama aos 2 anos e seu pai afirmou que "...este menino nunca vai chegar a ser gente...". Foi Freud quem disse que a morte de um pai é o acontecimento mais importante na vida de um homem; que não conseguia imaginar uma necessidade mais forte na infância que a proteção de um pai e que a essência do sucesso e que a essência do sucesso é ir mais longe que o próprio pai.
A história da vida de Freud e a história da psicanálise se entrelaçam intimamente, a ponto de se poder dizer que ela chegou a ser todo o conteúdo de sua existência, no sentido de uma permanente atitude investigatória dirigida para os misteriosos eventos da mente humana. Ele sempre afirmou a necessidade de se livrar da "inocente fé na autoridade" para poder percorrer caminhos novos; os trajetos dos outros lhe pareciam importantes...como referências para o seu próprio.
A associação, em 1892, com o professor Breuer, em torno do estudo do caso de sua cliente histérica Anna O (pseudônimo de Bertha Pappenheim), foi crucial para o desenvolvimento do método catártico, em termos de uma pré-história da futura psicanálise. Ela, que cunhou seu processo terapêutico com Breuer como uma "limpeza de chaminé" (chimney sweeping) através de uma "cura pela palavra" (talking cure), propiciou um início de interese de Freud pela psique humana que jamais se interrompeu. Este método de Breuer, baseado na hipnose, logo foi abandonado por Freud, que seguiu caminho próprio, explicando a formação da estrutura patológica por um processo que chamou de recalcamento, e que em seguida percebeu poder se referir também à normalidade de sonhos, lendas, contos de fada, atos falhos e ao acaso, ditos espirituosos, ou seja, a quaisquer eventos psíquicos. Foi ele o primeiro a ter uma visão galileana para as atividades psíquicas, considerando serem as mesmas leis a explicarem tanto a patologia como a normalidades mentais, ao invés de estabelecer classes com essências diferentes - aristotelicamente - para uma e para outra.
Observando fenômenos tais como a resistência e a transferência, Freud desenvolveu uma forma de trabalho que se distinguiu profundamente da Medicina. Enquanto esta permaneceu tendo como método básico o da anamnese, em que o médico é que inicialmente direciona a investigação, a psicanálise surgiu tendo como método próprio o da livre associação, em que o analista escuta, aguardando que o analisando instaure a direção de um relacionamento que, embora conduzido pelo analista, fica marcado por esta instauração. Com isto, as interpretações, as associações, as construções, os cortes, enfim, os instrumentos de que dispõe, propiciam ao analista psicanalisar, na esperança de conseguir ajudar a buscar "uma vida produtiva e prazerosa", como ele dizia.
A livre associação como método, a abstinência como postura e a transferência como campo de ação, é que garantem, segundo Freud, que o trabalho feito com os instrumentos de que dispõe a psicanálise, seja efetivamente psicanalítico. O ponto de partida, entretanto, para que alguém possa realizar este trabalho, é uma análise pessoal, já que, para poder sustentar um processo subjetivo, há que se submeter a uma experiência estruturalmente equivalente.
Freud criou e organizou todo um mundo de idéias no terreno da psicanálise, em que esta aparece como novo processo terapêutico, como método original de investigação da mente humana, como conjunto teórico singular explicativo do seu funcionamento e mesmo como movimento agregador para a defesa e difusão destas idéias. Os que o sucederam, criaram e desenvolveram ainda mais suas concepções, uns de forma tímida e pouco conhecida, outros com a fama a premiar sua inventividade. Mas, de forma inédita para qualquer ramo de investigação que se proponha ser científico, somente na psicanálise todos os que vieram após seu fundador, a ele sempre se referenciam e nele se apoiam para realizar seus desenvolvimentos, tanto clínicos quanto teóricos.
Extraordinário criador de idéias, investigador incansável, sempre tolerante com as fragilidades do ser humano em quem reconhecia um permanente desamparo fundamental, brilhante defensor da prioridade das emoções para explicar o comportamento humano, jamais se deixava desviar do caminho da busca de verdades; não as verdades estabelecidas, fixas e definitivas, mas aquelas que levavam a um eterno buscar, a uma investigação permanente e desafiadora, a um infinito vir a ser. Somente sua morte - por câncer no maxilar, aos 83 anos - interrompeu esta fulgurante e trabalhosa trajetória. Somente a morte fez cessar aquilo que se tornou a marca desta trajetória, inclusive em referência ao objetivo nuclear do trabalho clínico psicanalítico: o movimento psíquico.

Ary Band