segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tanto uma doença emocional pode resultar em doença física, como o oposto


Não há mais dúvidas de que o sofrimento emocional perpetuado, mesmo que seja em baixas doses, provoca doença física. Sendo assim, o componente mental gera alteração patológica do corpo. Porém, será que o inverso é verdade? Será que o mal físico resulta em transtornos da mente, particularmente quando se refere à depressão e à ansiedade desmedida?


Segundo um famoso psiquiatra da Pensilvânia (EUA), falecido no ano passado, muitas vezes o distúrbio emocional provém de uma doença física. Isso nos leva a crer que saúde física e mental é uma via de mão dupla. Um pouco mais que isso: são as faces de uma mesma moeda.
Antes, muitas décadas, séculos ou milênios atrás, a doença era um castigo dos deuses ou do Deus monoteísta judaico-cristão-islamita como punição pelas “trelas” que as pessoas e comunidades cometiam, os ditos pecados. Como não se conheciam os princípios geradores das doenças (e até hoje muitos desses princípios ainda não estão totalmente esclarecidos), culpar o sobrenatural era o óbvio.

Entretanto, parece que as coisas não são assim tão simples. Tanto uma doença emocional pode resultar em doença física, como o oposto. E assim, como cuidar da saúde? Parece ser complicado (e talvez seja), pois a partir do nascimento somos bombardeados de todos os lados à respeito de como se comportar, no que se deve ou não acreditar, de como os outros esperam que sejamos, de como só seremos bons com a aprovação alheia e divina, além de outras baboseiras. Assim sendo, o verdadeiro “eu” fica relegado ao segundo plano (terceiro ou quarto). Ninguém veio aqui para viver a vida de quem quer que seja. Viemos para interagir, compartilhar e conviver. Dar e receber conforto e gentilezas. Não viver pelos outros.
Uma enfermeira australiana, especialista em cuidados paliativos de pacientes terminais, observou os cinco arrependimentos mais comuns entre esses pacientes. Eles gostariam de: 1) Terem tido a coragem de ter uma vida mais fiel a si mesmos; 2) Não terem trabalhado tanto; 3) Terem expressado mais abertamente seus sentimentos; 4) Terem mantido muito mais contato com amigos e, por fim, 5) Terem se permitido a felicidade.
Desconheço qualquer forma verdadeira de ser feliz que não seja interiormente trabalhada. Contudo, parece que queremos “fazer gracinha” para os outros, quando isso não está dentro de nós, só para ser agradável, ganhar aplausos e ser aceito. A aceitação é interior: você com você mesmo. Que importa a opinião de outrem, se o que você vive e faz lhe traz prazer e entusiasmo? Por que valorizamos muito mais o que vem de fora em detrimento daquilo que sentimos no fundo da alma? O que nos faz dizer “sim” para os outros quando um “não” seria muito mais apropriado e justo?
O fato é que essa briga interior desequilibra o corpo e a mente e, então, formas de compensação (geralmente inadequadas) aparecem aos borbotões: fumar, beber demais, usar drogas, comer muito, sedentarizar a vida, guardar porcarias, fofocar sobre a vida alheia, enfiar-se numa igreja, templo ou seita, gastar demais, economizar demais, viciar-se em academias de ginástico ou esportes radicais, etc. Aí fica difícil não ter diabetes, hipertensão, obesidade, doença coronária, câncer, depressão, transtornos de ansiedade e fobias, bipolaridade afetiva, transtornos de personalidade e outras tantas mazelas mais.
Afinal, você vive para si mesma (compartilhando e convivendo, é claro) ou decidiu bancar a pessoazinha perfeccionista, coitadinha e caridosa (que você não é)? Saúde é escolha, seja consciente ou não!
Por Carlos Bayma

Vinho mais caro causa mais prazer



Um mesmo vinho pode ser muito mais agradável ao paladar quando vendido a R$ 200 do que quando seu preço é R$ 10, segundo indica uma pesquisa recém-publicada pelo California Institute of Technology, nos Estados Unidos.
Segundo o estudo, o fator psicológico faz com que o grau de satisfação com o vinho aumente de acordo com o seu preço, tornando-o mais agradável ao paladar. Os pesquisadores deram a 20 pessoas duas doses do mesmo vinho, dizendo a eles que a bebida havia custado algum valor entre US$ 5 e US$ 90. A maioria considerou melhores as doses dos vinhos "mais caros".
Os pesquisadores usaram uma técnica de ressonância magnética para observar o comportamento do cérebro dos pesquisados ao saborear cada dose de vinho. Eles observaram as mudanças ocorridas na parte do cérebro conhecida como córtex órbito-frontal médio, que tem um papel importante na sensação de prazer.
O estudo mostrou que essa região do cérebro ficava mais ativa durante a degustação dos vinhos "mais caros" do que na ingestão dos "mais baratos". Segundo o coordenador do estudo, Antonio Rangel, o resultado da ressonância magnética mostrou que a diferença na percepção de cada dose de vinho era real, não apenas imaginária.
De acordo com Rangel, o estudo pode ajudar em outras pesquisas que analisam os efeitos neurológicos do marketing. Um importante crítico de vinhos britânico disse ao jornal The Times que a relação do consumidor com o preço da bebida pode ser comparada à reação de alguém em relação a uma roupa cara de uma marca famosa.
Segundo ele, porém, os críticos e consumidores freqüentes de vinho não seriam influenciados pelo preço.

Fonte: Finanças Comportamentais